terça-feira, 2 de novembro de 2010

Filha, elegemos uma mulher para a Presidência.

Há tantas e tantas coisas que queria te dizer, filha, sobre a eleição de domingo. Mas você está longe e, ao telefone, no skype, enfim..., acabamos falando de outros assuntos e não sobrou tempo.
Só deu pra ler dois trechos do discurso da Dilma. Aqueles nos quais ela fala das mulheres e das meninas e que até lembram algumas das minhas frases de incentivo quando você demonstra desânimo diante de alguma dificuldade, de algum preconceito, de alguma injustiça. Lembra?
Então, para explicar melhor como me sinto, peguei emprestada a essência de uma frase da filósofa Marilena Chauí publicada durante a campanha, só pra me ajudar a resumir a alegria: "Pertenço a uma geração de brasileiros que viveu lutas (as do dia a dia, as de todo dia), sofrimentos (a derrocada da escola pública, o aluguel), dores (melhor não lembrá-las), tormentos (como os preconceitos de gênero); mas que conhece momentos de alegria e de glória. É a geração que viu o Mandela presidente da África do Sul, um índio presidente da Bolívia, um negro presidente dos Estados Unidos, um operário e uma mulher na Presidência do Brasil.”
É isso, filha. Você não estava aqui. Mas queria que soubesse da minha alegria. E queria muito, no domingo especialmente, ter te dado um abraço bem apertado!

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