quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Primeiro Halloween

Finalmente achei essas fotos antes de o mês de outubro acabar: Halloween na Escola da Granja.
Acho que minha mãe deve ter feito essa roupa...
Na foto da esquerda, Fernanda encarna uma vampira.
À direita, ela pinta de preto as unhas de uma xará.
Não me lembrava de que o dom de manicure tivesse aparecido tão cedo. Tinha 7 ou 8 anos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pra matar a saudade... 3

Passados três meses, estou com o coração muiiiiiito apertado. Então, pra matar a saudade de ficarmos juntas (e misturadas), vão aí as fotos dos primeiros aniversários: 1 (tema palhaço), 2 (Moranguinho), 3 (turma da Monica), 4 (não-identificado), 5 (de improviso). Dava um puta trabalho fazer festa em casa... mas ela curtia intensamente cada segundo. Na penúltima foto deste post, a festa de 6 anos, num buffet, com a Branca de Neve. Na última, o de 7 anos (sem tema!), de novo em casa. Dessa vez comemoramos juntas. Eu fazia 30 anos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mar Português, para Fernanda

Ontem, folheando um pequeno livro de poesias de Fernando Pessoa, revi, na página 11, um poema que Fernanda adorava declamar quando estava na escola.
É tão bonito o modo como ele fala de saudade, do perigo e do fascínio do mar, que resolvi reproduzir aqui...

"Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Pra matar a saudade ... 2

Hoje Fernanda pediu mais postagens de fotos antigas... Então, pra ficar no clima do mês, que teve dia do professor e das crianças, escolhi uma da fase escolar. Adoro essa de uma atividade na Escola da Granja, de 1998, quando ela cursava a 2ª série. Tinha 8 anos. A professora compôs um repente falando de cada aluno, e entregou fotos da turma e o texto numa pastinha de cartolina amarela. Um trecho diz assim: "Tenho uma aluna Fernanda, que faz tudo bem ligeiro. Quando passo um trabalho, ela é quem faz primeiro".

sábado, 9 de outubro de 2010

Pra matar a saudade... 1

São achados de um tempo em que não havia máquina digital. Nem fotógrafos profissionais por perto...
Mas sou grata por cada momento clicado. Essas imagens valem um tesouro em tempos de filha longe e de um novo ciclo da vida se estabelecendo.





No Reveillón de 89/90, aos 5 meses de gestação. E Fernanda aos 19 dias de vida, mamando durante a festa de aniversário da prima Karen. Era o dia do meu aniversário também. 

Fê com os irmãos (Emerson e Vanessa), na casa de Santo André (aos seis meses, será?). Tinham acabado de acordar. E no Zoo de SP (com 1 ano e pouco talvez). Fez um dia lindo, embora estivesse meio friozinho...






 
Fê, eu e Roberto (o pai), no aniversário de 1 ano e num passeio à casa dos meus tios, em Mairiporã.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Joaquim para Maria: "Ofreço como prova de amor", 7/11/1932



Ela já passava dos 90 quando se foi... Mas jurava, até o final, sustentar uma paixão que a havia arrebatado ainda muito jovem.

Ela, Maria, tinha 14 anos quando deixou Santa Catarina.

Ele, Joaquim, saíra de Portugal aos 16 ou 17.

Doméstica sem salário, Maria trabalhava e morava na casa da família de um tenente-coronel da Força Pública, em SP.

De porta em porta, Joaquim vendia verduras, entregava pão... Na freguesia, a casa de Maria.

Conheceram-se. Ele venceu o rigor da mocinha que, segundo a própria contava, fez-se difícil.

Decidido, Joaquim aceitou as regras. Pediu aos patrões da moça permissão para namorá-la.

No Jardim da Aclimação, o gajo posou para a foto que ilustra este post. No verso, com letra desenhada com caneta tinteiro, escreveu: "Ofreço como prova de amor".

Naquela data, 7/11/1932, Maria completava 18 anos. Pena seus patrões nunca a terem enviado à escola. Maria nunca aprendeu a ler.

Na véspera do casamento, Joaquim tentou "roubar" um beijo da noiva. No rosto, bem-entendido. Mas Maria continuava rigorosa. "Não seja atrevido", advertiu-o.

Lutaram um bocado para criar três filhos. Mercearia, Venda, Padaria... Não fosse venderem tanto fiado, teriam ido mais longe. Viveram juntos até 1966, quando um infarto venceu Joaquim.

Que bom Maria ter preservado essa foto nos seus poucos guardados...

Tê-la achado hoje valeu meu domingo. Obrigada, vó!