domingo, 27 de fevereiro de 2011

Domingo no parque X clubes paulistanos

Enquanto os clubes "limpinhos" paulistanos impõem regras medievais, preconceituosas e quase inacreditáveis para babás frequentarem suas dependências (http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/881740-clube-obriga-baba-a-usar-branco-e-barra-ida-a-restaurante.shtml), outros enjeitados _ explícita ou veladamente _ pela elite da cidade se divertem no Parque do Ibirapuera. Domingo é um dia especial por lá. Dia em que o parque é um esperado passeio de familias inteiras, casais de namorados, jovens em ebulição...

Vindos de todos os cantos da cidade, os turistas do domingo chegam, em sua maioria, de ônibus. As moças capricham no visual. Não raro usam maquiagem e salto, revelando a importância que conferem ao acontecimento esperado a semana inteira. A criançada traz bola na sacola. Os homens, cerveja no isopor.

Fotografam-se o tempo inteiro. Primeiro, o grupo inteiro; depois, pai com filho, mãe com filha; as crianças sozinhas, a tia, os primos, e assim vão mudando a composição. É preciso garantir o registro de tanta alegria. Para, mais tarde, no orkut ou no facebook, ninguém ter dúvida de onde se estava, os paineis com o nome do parque e o lago são elementos constantes nas fotos.

O lago, aliás, ganha uma legião de observadores e admiradores no domingo. É a praia do parque. Ou a piscina. E os "banhistas" tomam suas margens, contemplam suas águas e seus habitantes. Quando se vem de longe, todos os detalhes ganham maior importância. 

Domingo é quando o Ibirapuera tem população maior de gente do que de cachorro, e suas árvores são muito mais que mero apoio para os alongamentos dos atletas de ocasião. A sombra generosa protege os casais de namorados do sol; dá guarida ao pique-nique e são teto perfeito para as redes esticadas (foto) pro cochilo.

No Ibirapuera do domingo, as babás ainda são livres...

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